A chegada de um novo ano marca também um momento crucial para clínicas médicas e consultórios: o pagamento do imposto trimestral, uma obrigação que impacta diretamente o planejamento fiscal, o fluxo de caixa e a regularidade tributária. Para muitos gestores, o imposto trimestral pode parecer apenas mais uma etapa burocrática, mas compreender seu funcionamento é essencial para evitar surpresas, multas e prejuízos.
Por isso, iniciar o ano já preparado para essa obrigação permite organizar melhor as finanças, ajustar projeções e garantir que todos os tributos estejam alinhados ao regime adotado pela clínica.
Ao longo deste conteúdo, você vai entender o que é o imposto trimestral, quem está obrigado ao recolhimento, como calcular, quais cuidados tomar e por que janeiro é um mês tão estratégico. Para clínicas que operam no Lucro Presumido — especialmente aquelas que avaliam benefícios como a equiparação hospitalar — este conhecimento é fundamental. Continue lendo para saber exatamente o que organizar antes do primeiro pagamento do ano e como manter sua clínica longe de riscos fiscais.
O que é o imposto trimestral?
O imposto trimestral é o conjunto de tributos federais pagos a cada três meses por empresas enquadradas no Lucro Presumido ou Lucro Real, incluindo muitas clínicas médicas. Sua função é consolidar os dados fiscais de um período e recolher impostos como IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, quando aplicável.
Diferente dos pagamentos mensais — como o DAS do Simples Nacional — o imposto trimestral exige um fechamento financeiro mais estruturado, pois os valores são calculados sobre toda a movimentação do trimestre anterior.
Para clínicas médicas, esse modelo é relevante porque influencia diretamente no planejamento financeiro e na escolha do regime tributário.
Enquanto empresas do Simples pagam tributos mensalmente, quem está no Lucro Presumido precisa organizar receitas, notas fiscais, despesas e retenções para preparar o cálculo trimestral. Esses tributos são pagos em abril, julho, outubro e janeiro, sendo este último o foco para quem deseja iniciar o ano sem pendências.
Quem deve pagar o imposto trimestral?
O imposto trimestral se aplica a clínicas médicas, consultórios e sociedades empresárias enquadradas no Lucro Presumido ou Lucro Real. Isso inclui desde clínicas multiprofissionais até centros especializados — dermatologia, olhos, cardiologia, fisioterapia, anestesiologia, odontologia e outras áreas de saúde. A obrigatoriedade também abrange clínicas que buscam equiparação hospitalar, já que essa é uma modalidade dentro do Lucro Presumido, apenas com alíquotas reduzidas.
No entanto, é essencial verificar o regime tributário antes de calcular o imposto trimestral. Clínicas no Simples Nacional não recolhem esses tributos trimestralmente. Além disso, algumas operações de serviços médicos podem sofrer retenções específicas (PIS, COFINS, CSLL, ISS), o que exige atenção às notas fiscais emitidas. Em situações especiais — como início de atividade, mudança de regime ou atuação híbrida — o contador deve avaliar se o trimestre será proporcional ou integral.
Como se preparar para o imposto trimestral de janeiro
A preparação para o imposto trimestral de janeiro começa com a organização das informações financeiras do último trimestre do ano anterior. Isso inclui receitas, despesas, notas fiscais, repasses de planos de saúde, retenções sofridas e impostos pagos. Clínicas que trabalham com múltiplos profissionais, plantões, contratos terceirizados ou convênios precisam garantir que toda a escrituração esteja completa antes de consolidar os cálculos.
Manter registros atualizados é essencial para que o imposto trimestral seja apurado corretamente. Isso evita diferenças entre o que está declarado e o que consta nos sistemas da Receita Federal, reduzindo risco de multas.
Planejamento financeiro também faz parte da preparação: separar mensalmente um percentual do faturamento para tributos torna o impacto do pagamento muito menor. Para clínicas com volume alto de pacientes, isso é ainda mais importante, pois a sazonalidade pode afetar o caixa.
Calendário e prazos de pagamento
O pagamento do primeiro imposto trimestral ocorre no final de janeiro, geralmente até o último dia útil do mês. Nessa data devem ser recolhidos IRPJ, CSLL e demais tributos aplicáveis. O não pagamento no prazo pode gerar multas que começam em 2% ao mês sobre o valor devido e podem chegar a 20%, além de juros e inscrição em dívida ativa.
Para evitar problemas, recomenda-se usar lembretes, sistemas automatizados ou apoio direto da contabilidade. Clínicas que possuem grande volume de atendimentos, convênios e notas fiscais devem redobrar a atenção, já que qualquer atraso impacta o planejamento financeiro do ano inteiro.
Pagamentos mensais x imposto trimestral
| Modelo de pagamento | Como funciona | Vantagens | Desafios |
| Mensal (Simples Nacional) | Recolhimento único via DAS | Prático e simplificado | Pode ser mais caro para clínicas com alta receita |
| Trimestral (Lucro Presumido) | Cálculo a cada trimestre | Previsibilidade e possibilidade de alíquota reduzida | Exige organização fiscal e financeira |
| Trimestral com Equiparação Hospitalar | Alíquotas reduzidas para IRPJ e CSLL | Economia significativa | Exige requisitos ANVISA e enquadramento correto |
Dicas para simplificar o processo tributário
A adoção de softwares de gestão e contabilidade ajuda a automatizar lançamentos, conciliações e integração de notas fiscais. Revisar documentos, repasses e receitas mensalmente evita acúmulo no final do trimestre. Manter o fluxo financeiro organizado também permite antecipar valores e evitar multas. Clínicas que trabalham com múltiplos especialistas devem manter regras claras para repasses, comissões e retenções.
Além disso, contar com uma contabilidade especializada em saúde garante segurança no cálculo e na estratégia tributária. Isso é importante especialmente para clínicas que estudam migrar para a equiparação hospitalar.
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Preparar-se para o imposto trimestral de janeiro é uma das etapas mais importantes para iniciar o ano com organização e segurança fiscal. Clínicas médicas que mantêm sua escrituração atualizada evitam multas, otimizam recursos e conseguem planejar melhor o crescimento. Com apoio especializado, é possível não apenas cumprir obrigações, mas também identificar oportunidades de economia — como a própria equiparação hospitalar para clínicas elegíveis.
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